segunda-feira, 7 de maio de 2012

recordaçoes

 Entao continuando a falar da minha rua veem-me á memória as feiras, duravam todo o dia situadas ali mesmo no centro da vila começava a venda de peixe atraz do dito ferro de engomar, salgado, carapau e sardinha,   havia a ti aurélia que ia á figueira da foz e trazia bom e fresco mas tinha outros clientes que nao os da feira... depois eram as prantas ou seja as couves, beterraba, cebolo etc seguia-se os tendeiros  com tecidos, roupa feita,( nao confeçao como hoje) ceroulas ,corpetes combinaçoes , mais lá pra cima os cestos de vime, as esteiras de buinho,  já quaze na esquina eram os figos passados e bananas e pouco mais vira-se pra A ntónio José de Almeida nas barbas dos camaristas era a loiça fina vidros esmaltes vinham depois os barros vermelhos cantaras alguidares e pratos toscos, eram postos enfileirados pareciam os soldados na parada por aí fora até ó ti Manel dos  ovos, esse seria o primeiro a ser visitado pois com o dinheiro dos ovos que  iam vender é que as mulheres feiravam, do outro lado da rua eram as sementes que preechiam aquele passeio mais estreito .Lembro-me de ser um dia em que o movimento animava a rua e lhe dava um aspecto e cheiro carateristíco ; os artigos pra venda eram postos de maneira a deixar um carreiro para as pessoas passarem para suas casas. No redondo do jardim do Visconde era pao e broa onde me compravam um cavalito de pao doce. A feira de Portomar tambem era em plena via pública e tinha feira de gado ali mesmo ,os porcos a passar a quererem teimosamente voltar pra traz  era um espetáculo caricato e que nos fazia rir! emfim como teria sucesso uma reposiçao destas feiras   e nao das mediévais . Meu pai quando as mulheres passavam com os cabazes dos ovos  comentava (tôlas mandam os ovos prós Lisboetas e compram sardinha rançosa).......

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